domingo, 6 de dezembro de 2015

Mosteiro da Batalha

Considerado Património Mundial pela UNESCO, o Mosteiro de Santa Maria da Vitória, também conhecido como Mosteiro da Batalha, é uma obra-prima da arte gótica e manuelina em Portugal e no mundo. Situado no distrito de Leiria, foi edificado na sequência de uma promessa feita por D. João I à Virgem Maria caso Portugal vencesse Espanha na Batalha de Aljubarrota (14 de Agosto de 1385).
Mosteiro da Batalha




A obra iniciou-se em 1388, estando a cargo do arquitecto português Mestre Afonso Domingues. Durante os vários anos que levou a ser construído (cerca de século e meio), o mosteiro sofreu influências de vários mestres e, por isso, de diferentes estilos (com destaque para os estilos manuelino e gótico flamejante).
Logo à entrada, o portal principal reveste-se de inúmeras esculturas alusivas a figuras bíblicas: apóstolos, profetas, anjos e Jesus Cristo rodeado pelos quatro evangelistas. No interior, a construção é composta por Igreja, Capela do Fundador, Claustro Real, Sala do Capítulo, Claustro de D. Afonso V, Capelas Imperfeitas e Lavabo dos Monjes.
A Capela do Fundador foi construída em 1426 pelo mestre irlandês Huguet, que introduziu a decoração do gótico flamejante. Aí se encontram os túmulos de D. João I, D. Filipa de Lencastre e dos filhos de ambos. Os vitrais das janelas góticas representam as cenas religiosas da Visitação, Adoração dos Magos, Fuga para o Egipto e Ressurreição de Cristo. As capelas laterais têm altares de diversos séculos, assim como alguns túmulos medievais.
O Claustro Real é da autoria dos mestres Afonso Domingues e Huguet. Como tal, é uma mistura dos estilos gótico e manuelino. Mais tarde, já no século XV, foram-lhe adicionados elementos decorativos que incluem, entre outros motivos, cordas, esferas armilares, flores de lis, cruzes de Cristo e conchas.
Também da autoria do Mestre Afonso Domingues é a Sala do Capítulo. Na sala, de destacar uma abóboda sem nenhum suporte além das paredes e uma janela com vitrais do século XVI a representarem cenas da Paixão de Cristo.
Por sua vez, o Claustro de D. Afonso V integra os túmulos de D. Duarte e de D. Leonor. Não apresenta decoração, apenas se destacando os capitéis e o luxuoso portal manuelino da autoria de Mateus Fernandes. O claustro apresenta sinais de não estar concluído.
As Capelas Imperfeitas, de rara beleza, com milhares de esculturas incrustadas, constituem o exemplo mais forte da arte manuelina. Foram mandadas construir por Dom Duarte que aí pretendia fazer um Panteão, mas não chegaram a ser concluídas.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Mosteiro dos Jerónimos



Mosteiro dos Jerónimos

Perto do local onde o Infante D. Henrique, em meados do séc. XV, mandou edificar uma igreja sobre a invocação de Sta. Maria de Belém, quis o rei D. Manuel I construir um grande Mosteiro. Para perpetuar a memória do Infante, pela sua grande devoção a Nossa Senhora e crença em S. Jerónimo, D. Manuel I decidiu fundar em 1496, o Mosteiro de Sta. Maria de Belém, perto da cidade de Lisboa, junto ao rio Tejo. Doado aos monges da Ordem de S. Jerónimo, é hoje vulgarmente conhecido por Mosteiro dos Jerónimos.




O Mosteiro é um referente cultural que não escapou nem aos artistas, cronistas ou viajantes durante os seus cinco séculos de existência. Foi acolhimento e sepultura de reis, mais tarde de poetas. Hoje é admirado por cada um de nós, não apenas como uma notável peça de arquitectura mas como parte integrante da nossa cultura e identidade.
O Mosteiro dos Jerónimos foi declarado Monumento Nacional em 1907 e, em 1983, a UNESCO classificou-o como património cultural de toda a humanidade.